sustentabilidade e impacto social

Objetivos de Desenvolvimento Sustável: metas globais para sustentabilidade

os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) traçam um caminho para transformar o mundo até 2030. mas quais são essas metas? o que elas querem dizer? como esses objetivos podem moldar o futuro e impactar o nosso dia a dia? 

neste post, vamos desvendar o que está por trás dessa agenda global e como ela se conecta com a sustentabilidade que buscamos. leia mais a seguir sobre os ODS! 

sumário

  1. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: o que são?
  2. como e por que as ODS surgiram?
  3. destrinchando as metas e ODS: paz, meio ambiente, sociedade e economia 
  4. qual a importância dos ODS
  5. ODS: sociedade civil, ONGs, governos e empresas
  6. a relação entre ESG e ODS 
  7. mais sobre nós

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: o que são?

os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são uma agenda global adotada pelos países membros da ONU em 2015, visando promover um desenvolvimento mais justo, equilibrado e sustentável até 2030. eles são compostos por 17 objetivos e 169 metas interligadas que abrangem questões como erradicação da pobreza, combate às mudanças climáticas, igualdade de gênero, educação de qualidade, saúde, e justiça social. 

as ODS foram criadas com a intenção de enfrentar os desafios globais e aumentar o bem-estar geral sem comprometer os recursos do planeta para as gerações futuras. dessa forma, eles funcionam como um guia para promover mudanças em diversas áreas e garantir que o progresso seja sustentável a longo prazo.

como e por que as ODS surgiram?

    os ODS são uma evolução dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), estabelecidos nos anos 2000. os ODM eram 8 metas que buscavam o desenvolvimento dos países, contando com a erradicação da pobreza, educação básica universal, igualdade de gênero, redução da mortalidade infantil, melhora da saúde materna, combate a doenças e sustentabilidade ambiental. 

    os ODM tiveram seu prazo encerrado em 2015 e a realidade mundial ainda era repleta de desafios. foi reconhecido durante a Conferência Rio+20 em 2012 que era preciso uma nova agenda global mais ampla e atualizada. com isso, a ONU liderou um processo para buscar novas metas que colaborassem para enfrentar os desafios mais urgentes que o mundo passava com o auxílio de Estados-membro, cientistas, organizações da sociedade civil, o setor privado e organizações não governamentais. dessa forma, começam a ser elaborados os ODS na Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável no mesmo ano na sede da ONU em Nova York, ratificado na Agenda 2030 por 193 países, assumindo o compromisso de trabalhar coletivamente para alcançar os propósitos até 2030.

    diferentemente dos ODM, foi entendido que mudanças climáticas, desigualdades sociais, perda de biodiversidade e instabilidade econômica são problemas interdependentes e a solução requer medidas multifacetadas. também exigiam metas mais detalhadas e com monitoramentos possíveis. além disso, foi compreendido que o desenvolvimento igualitário não era apenas uma dificuldade de países não-desenvolvidos, envolvendo até mesmo as nações ricas. 

    destrinchando as metas e ODS: paz, meio ambiente, sociedade e economia

      como já dito, os ODS são divididos em 17 objetivos e 169 metas que podem ser agrupados em 4 temas principais: paz, meio ambiente, sociedade e economia, com seus objetivos e respetivas metas:

      Paz

      ODS 16 – paz, justiça e instituições eficazes

      1. reduzir significativamente todas as formas de violência e mortes violentas
      2. promover o Estado de Direito, garantindo acesso igualitário à justiça
      3. reduzir corrupção e suborno em todas as formas
      4. desenvolver instituições eficazes, responsáveis e transparentes
      5. garantir participação inclusiva e presentativa na tomada de decisão

      ODS 17 – parcerias em prol das metas

      1. reforçar a mobilização de recursos para apoiar o desenvolvimento sustentável.
      2. melhorar a cooperação internacional para transferência de tecnologia.
      3. estimular parcerias multissetoriais para alcançar as metas da Agenda 2030.

      meio ambiente

      ODS 6 – água limpa e saneamento

      1. garantir acesso universal e equitativo à água potável.
      2. melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição.
      3. expandir a infraestrutura de saneamento básico e tratamento de resíduos.

      ODS 7 – energia limpa e acessível

      1. assegurar acesso universal à energia acessível, confiável e sustentável.
      2. aumentar a participação de energias renováveis na matriz energética global.
      3. duplicar a eficiência energética mundial.

      ODS 13 – combate às alterações climáticas

      1. melhorar a resiliência e capacidade de adaptação aos desastres climáticos.
      2. integrar medidas climáticas nas políticas nacionais e estratégias de planejamento.
      3. mobilizar recursos para ajudar países em desenvolvimento a mitigar os impactos climáticos.

      ODS 14 – vida debaixo da água

      1. reduzir significativamente a poluição marinha.
      2. proteger ecossistemas marinhos e costeiros.
      3. regular e combater práticas de pesca predatória e ilegal.

      ODS 15 – vida sobre a terra

      1. proteger ecossistemas terrestres, especialmente florestas.
      2. combater a desertificação e restaurar terras degradadas.
      3. acabar com a caça ilegal e com o tráfico de espécies protegidas.

      sociedade

      ODS 1 – erradicação da pobreza

      1. erradicar a pobreza extrema (pessoas vivendo com menos de US$ 1,25 por dia).
      2. garantir acesso a recursos básicos como serviços públicos e proteção social.

      ODS 2 – fome zero

      1. erradicar a fome e garantir o acesso de todos a alimentos seguros, nutritivos e suficientes.
      2. acabar com todas as formas de malnutrição.
      3. aumentar a produtividade agrícola e a renda dos pequenos produtores.
      4. manter a diversidade genética das sementes e promover práticas agrícolas sustentáveis.

      ODS 3 – saúde e bem-estar

      1. reduzir a mortalidade materna e infantil.
      2. combater epidemias como HIV/AIDS, tuberculose e malária.
      3. garantir acesso universal à saúde sexual e reprodutiva.

      ODS 4 – educação de qualidade

      1. garantir educação primária e secundária gratuita e de qualidade para todos.
      2. aumentar o número de jovens e adultos com competências relevantes para o mercado de trabalho.

      ODS 5 – igualdade de gênero

      1. acabar com todas as formas de discriminação contra mulheres e meninas.
      2. garantir a participação plena e igualitária das mulheres na vida pública e econômica.

      ODS 10 – redução das desigualdades

      1. reduzir desigualdades de renda entre e dentro dos países.
      2. melhorar a inclusão social, econômica e política de todos.

      ODS 11 – cidades e comunidades sustentáveis

      1. tornar as cidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis.
      2. garantir acesso universal a moradia segura e acessível, com serviços básicos de qualidade.
      3. reduzir o impacto ambiental das cidades, incluindo poluição do ar e da água.
      4. planejar o crescimento urbano de forma sustentável, promovendo a participação comunitária.

      economia

      ODS 8 – emprego digno e crescimento econômico

      1. sustentar o crescimento econômico per capita em países em desenvolvimento.
      2. promover políticas que incentivem o trabalho decente para todos.

      ODS 9 – indústria, inovação e infraestrutura

      1. desenvolver infraestruturas resilientes e sustentáveis.
      2. aumentar a contribuição da indústria no PIB dos países menos desenvolvidos.
      3. promover a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico.

      ODS 12 – consumo e produção responsáveis

      1. reduzir o desperdício global de alimentos.
      2. garantir padrões sustentáveis de produção e consumo em empresas e governos.

      qual a importância dos ODS?

        como a ONU não tem poder impositivo, os ODS não poderiam ser diferentes. apesar de poder ser lido em tom crítico como uma medida em vão, os objetivos são de extrema importância para guiar ações tantos dos Estados quanto de membros não-estatais.

        entre países, ter metas globais em comum traçadas é uma forma de coesão internacional, ou seja, de receber um influência externa que molda as políticas internas. com isso, o desenvolvimento sustentável, ainda que apresente diferentes abordagens dependendo do modelo de política, economia e cultura, seguem o mesmo viés, construindo um futuro positivo para a população independente da nação.

        nas relações de cooperação, os ODS são uma maneira de guiar medidas que podem ser tomadas. por exemplo, em 2022 foi realizado o Acordo Global sobre Poluição por Plásticos, em que mais de 170 países assinaram um acordo na Assembleia da ONU para o Meio Ambiente, comprometendo-se a reduzir drasticamente o uso de plástico descartável até 2024 baseado na ODS 12 (consumo e produção responsáveis) e ODS 14 (vida na água). ou seja, ter objetivos em comum é uma forma dos países terem um principal pelo qual se unir e formular estratégias de mudanças efetivas.

        para as ONGs, os ODS surgem tanto como uma forma de orientação das prioridades globais em relação ao desenvolvimento sustentável quanto uma maneira de conversar com os Estados, a diante será retratada melhor esta relação.

        por fim, para a sociedade civil, os ODS são uma forma de orientar atitudes corriqueiras, como garantir a igualdade de gênero, proteger a vida marinha e terrestre. em paralelo, também é tido um argumento de relevância internacional para exigir proteção estatal. isso é visto em 2021, quando líderes indígenas, como Sônia Guajajara, usaram os objetivos da ONU em discursos em foros internacionais, como o Fórum Permanente da ONU sobre Assuntos Indígenas, para exigir ações concretas do governo brasileiro.

        ODS e suas responsabilidades: sociedade civil, ONGs, empresas e governos

          os ODS tem como princípio uma agenda de ações de responsabilidade compartilhada, não limitada apenas às nações, mas abrangendo também a sociedade civil, ONGs e o setor privado, que têm papel crucial para o alcance dessas metas.

          sociedade civil

            a sociedade civil é composta por cidadãos, movimentos sociais e ativistas, esses têm como função fundamental a mobilização e fiscalização. a mobilização é aderir os ODS mais do que apenas como princípios distantes, buscando sua aplicabilidade no dia-a-dia. claro, os objetivos são grandiosos e podem parecer inalcançáveis com a força individual. contudo, optar por produtos que não tenham plástico, evitar produtos com uma vida-útil curta e ações simples de descarte correto do lixo já são uma forma, por exemplo, de conservar a vida na água, evitando que mais plástico contamine os oceanos. além disso, a sociedade também  é responsável por pressionar governos e empresas, monitorando o cumprimento das metas e denunciando falhas, ou influenciando políticas públicas e garantindo a responsabilidade.

            ONG

              as ONGs tem uma maior estruturação e organização que a sociedade civil, podendo garantir uma influência maior na sociedade. dessa forma é papel fundamental provocar mobilizações que tenham impactos positivos a grandes grupos, aproximando o mundo das metas elaboradas. por exemplo, a ONG Amigos do Bem surge até mesmo antes dos ODS, em 1993, com a missão de erradicar a pobreza no sertão nordestino através de diversas frentes. com isso, eles promovem projetos de educação, trabalho, renda, água e moradia, contribuindo com o desenvolvimento sustentável da região influenciando positivamente a vida de mais de 150 mil pessoas.

              empresas 

                as empresas cada vez mais estão sendo cobradas para pensar além do lucro. elas têm a responsabilidade de adotar e promover a inovação para criar soluções que atendam às ODS. implementar modelos de negócios que respeitem os direitos humanos, a inclusão social e a sustentabilidade, colaboram para um crescimento que não cause impactos negativos na sociedade enquanto abre portas para novos negócios. práticas ESG desdobram parte dos conceitos dos ODS e são uma alternativa nesse sentido.

                leia mais: brindes ecológicos: como essas pequenas lembranças podem fazer uma grande diferença

                governos 

                  os governos são os principais responsáveis pela implementação das ODS em nível nacional. criando políticas públicas, alocando recursos financeiros e regulando ações eles são capazes de criar mecanismos que reformam a estrutura a fim de atingir as metas. além disso, eles devem monitorar o progresso com transparência para a ONU e os outros Estados e ser capazes de compreender as limitações que ainda possuem, buscando caminhos para adoção de melhores práticas.

                  a relação entre ESG e ODS 

                    a relação entre ESG (Environmental, Social, and Governance) e as ODS é essencial para empresas que buscam adotar práticas sustentáveis ou já estão comprometidas com elas. 

                    enquanto as ODS estabelecem uma agenda para o desenvolvimento sustentável, o ESG oferece um conjunto de critérios para as empresas medirem e melhorarem seu desempenho para também atingir um progresso que tenha impactos positivos para a sociedade, o meio ambiente e os investidores. ou seja, seguir com medidas de ESG está interrelacionado com o papel das empresas no atingimento das ODS.

                    por exemplo, no aspecto ambiental, o ESG está diretamente ligado a várias ODS, responsabilidade pelos resíduos produtivos ou gastos de matérias-prima se entrelaça com a ODS 13, que trata das mudanças climáticas, e a ODS 15, que busca proteger a vida terrestre. 

                    no campo social, o ESG envolve práticas que promovem a igualdade de gênero, a saúde e o bem-estar, alinhando-se com as ODS 3 e 5, que buscam melhorar a qualidade de vida das pessoas e promover a igualdade. 

                    já a governança, outro pilar do ESG, está em sintonia com a ODS 16, que promove a transparência, a ética e a justiça, essenciais para garantir a boa gestão e o cumprimento das metas globais.

                    portanto, empresas que já estão adotando práticas sustentáveis ou que buscam se tornar mais responsáveis podem e devem integrar os princípios de ESG com os ODS. com isso, além de ganharem uma diferenciação no mercado, possibilitam a construção de uma sociedade que valorize princípios fundamentais de paz, meio ambiente, sociedade e economia.  

                    leia mais: ESG: o caminho para empresas mais competitivas e sustentáveis

                    mais sobre nós

                      a monai é uma empresa dedicada em promover o desenvolvimento social e a sustentabilidade ambiental. nós entendemos que a luta por um futuro equilibrado deve ser um trabalho de todos que abrange uma solução multifacetada. discussões sobre meio ambiente devem envolver também a proteção de grupos vulneráveis, como as comunidades tradicionais, mulheres no campo, povos indígenas, etc. em paralelo, entendemos que as empresas devem se responsabilizar pela sustentabilidade em todo seu processo produtivo, da busca de fornecedores, produção, logística até o descarte da embalagem. nós fazemos isso por meio de presentes corporativos que contam histórias e geram renda para populações marginalizadas enquanto incentivamos produções ecológicas. conheça mais sobre a monai entrando em contato pelo whatsapp ou navegando no nosso site!

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