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artesanal, caseiro ou industrializado?

produto artesanal, caseiro e industrializado

Você prefere produtos artesanais? Mas o que difere entre eles e produtos caseiros ou industrializados? Há realmente grandes mudanças? 

Também já tivemos essa dúvida e fomos atrás de referências para explicar para você quais são as reais diferenças e similaridades entre estas três alternativas, a fim de você fazer sua escolha mais consciente.

Quem não tem na memória afetiva o sabor de um prato típico? A ciência explica que isso pode estar atrelado a memórias passadas, criadas ainda na infância, que influenciam diretamente o paladar na vida adulta.

Vai ter gente querendo colocar a culpa na criação dos pais por não comer jiló 😀. Nós não queremos entrar nessa briga, mas trazer algumas curiosidades sobre alguns termos que permeiam nosso dia-a-dia e fazem essa relação entre o paladar e memórias, e que acabam por influenciar nossas escolhas:

  • Caseiro
  • Artesanal
  • Industrializado

Vamos então aos conceitos. O velho e bom dicionário define caseiro como “feito ou confeccionado em casa”, artesanal como “feito pelos processos tradicionais, individuais e manuais, em oposição à produção industrial.” e indústria como uma “série de atividades despendidas para transformar matéria-prima em produto comerciável”.

apesar dessas definições, no Brasil não há lei ou regulamentação vigente que faça distinção entre esses termos, exceto no estado de São Paulo onde há uma portaria do Centro de Vigilância Sanitária CVS nº 5/2005 que define como alimento artesanal aquele produzido com características tradicionais, culturais ou regionais. até mesmo na Itália, berço mundial dos produtos artesanais, o tema ainda gera controvérsias, como mostra esse artigo.

Todas essas formas de transformação de matéria-prima em produtos têm suas diferenças, vantagens e desvantagens. Hoje vamos falar sobre algumas delas sob três aspectos: sociocultural, biológico e produtivo.

Sociocultural

A etimologia (estudo da origem das palavras) já traz uma inferência sobre o que os consumidores percebem quando leem esses nomes por aí, o que, sem dúvida, é um ponto fundamental no entendimento do papel sociocultural desses produtos.

Caseiro vem de casa, produto normalmente feito por familiares em momentos especiais, que resgata memórias íntimas de momentos vivídos no passado, normalmente limitados a um lar, ou ao círculo familiar.

Artesanal vem de arte, que por sua vez tem origem na palavra latina ars, que significa “talento”, “saber fazer”. Portanto, o produto artesanal sempre tem uma ligação com a pessoa ou grupo de pessoas que detêm o talento, normalmente reforçando saberes específicos de uma determinada região ou coletivo, com valor cultural, econômico, político e social. Um produto artesanal de uma região pode, inclusive, ser registrado como um Patrimônio Cultural e da Humanidade, o que o torna único e exclusivo, como é o caso do queijo minas.

Já o produto industrializado tem ligação com a indústria: processos rígidos de controle criados para garantir padronização. Ao contrário dos produtos artesanais são produtos de lugar nenhum, porque querem ser de todos os lugares. Sob a justificativa de vencer os desafios de distribuição e comercialização normalmente atrelados a prazo e preço, a produção industrial normalmente pressupõe ainda a utilização de aditivos químicos (conservantes, estabilizantes, acidulantes, emulsificantes, estabilizantes, espessantes, corantes, flavorizantes e adoçantes) que ajudam a superar os desafios da padronização de sabor, textura e durabilidade.

Biológico

Do ponto de vista de vista biológico, de como nosso corpo recebe os alimentos, talvez pela complexidade gerada por contarmos com cinco sentidos (paladar, olfato, visão, tato e audição), a ciência ainda carece de algumas respostas objetivas sobre o que faz um alimento “melhor” que o outro. Textura, cor e aroma são três dos principais atributos de produtos alimentícios e não é possível determinar um padrão único de diferenciação entre produtos caseiros, artesanais e industrializados.

No entanto, já se sabe, por exemplo, que o ser humano é predisposto a escolher sabores doces visto que o leite materno apresenta lactose, que é um tipo de açúcar, e que os outros paladares (salgado, amargo, azedo e umami) são desenvolvidos ao longo da vida a partir de estímulos na alimentação, ainda na infância. É por isso que a reação de uma criança à doçura é tão satisfatória (não só das crianças, né? 😀).

A cor ainda é um atributo relevante nessa percepção humana, que pode ou não ser verdadeiro: a manteiga mais amarelinha, a gema do ovo e o salmão mais “laranja”, são todas percepções de qualidade, enquanto a massa verde é considerada mais saudável, e assim por diante. No entanto, nem sempre cor é sinônimo de qualidade.

Já existem estudos que mostram que existem diferenciações no nosso código genético criados a partir de hábitos alimentares. Sabendo disso, as indústrias acabam aproveitando-se melhor destes conhecimentos antropológicos quando comparadas com produtores artesanais, que costumam seguir protocolos mais restritos das receitas tradicionais, independentemente do estímulo de sentidos que o produto final pode gerar.

Produtivo

Em relação aos métodos produtivos, em um extremo, temos os produtos caseiros, que são habitualmente feitos em casa, sem protocolos de produção, especialmente aqueles relacionados à segurança alimentar, portanto, são produtos que apresentam maior risco de contaminação e consequentemente prazo de validade reduzido. No outro, temos os produtos industrializados, concebidos sob o racional: “algo utilitário e lucrativo que possa ser produzido ao menor custo possível do mesmo jeito em qualquer local e atraia a atenção do comprador”.

Os produtos artesanais ficam entre os dois extremos. Concebidos para comercialização, trazem as melhores práticas de segurança alimentar da indústria para um ambiente produtivo de menor escala. Têm forte influência cultural no seu desenvolvimento sendo produtos ricos em sabor e seguros para distribuição e comercialização, tendo como objetivo a geração de renda, mas principalmente, proporcionar bem-estar e qualidade de vida ao consumidor ao gerar experiências culturais, sensoriais e emocionais.

tabela de diferenciação caseiro, artesanal e industral em relação ao sociocultural, biólogico e produtivo

O Veredito

Então, qual é o melhor? Sempre houveram e continuarão havendo controvérsias sobre o tema, já que o sabor não é apenas uma experiência biologicamente, mas também psicologicamente complexa, por serem construídas culturalmente. Por aqui acreditamos que todos podem co-existir, pois atuam em diferentes camadas da população, em diferentes momentos, com diferentes objetivos.

Os produtos artesanais, no entanto, em sua grande maioria acabam por equilibrar melhor os aspectos socioeconômicos, biológicos e produtivos, sendo uma ótima opção para momentos especiais.

No Brasil os produtos artesanais são uma fonte de renda de extrema importância para os produtores das mais de 1,5 milhão de agroindústrias, promovendo o desenvolvimento sustentável e é por isso que eles são os escolhidos para nossos kits de presentes corporativos.

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