7 chocolates brasileiros para você presentear na Páscoa

começando pela amazônia, o Na’kau é pioneiro em chocolates feitos 100% com cacau orgânico de várzea amazonense com amêndoas produzidas em solos super nutritivos. a empresa nasceu em 2013 visando valorizar os povos da Amazônia, trabalhando conjuntamente com caboclos, ribeirinhos e indígenas, apoiando seus sistemas tradicionais de produção que ajudam a manter a floresta em pé. 

com os sistemas de produções tradicionais, a Na’kau contribuiu para a preservação de mais de 5.000 hectares de floresta amazônica 

Aos coletores de cacau, é oferecido suporte de treinamento e equipamentos e são pagos valores acima do mercado aos cacauicultores, proporcionando uma remuneração financeira mais justa às suas famílias e, consequentemente, a redução do interesse em extraírem para venda outros recursos naturais. Como resultado, os chocolates vão muito além do sabor, impactando diretamente a vida de mais de 36 famílias tradicionais amazonenses. 

foi em meados de 2014 que Cesar De Mendes, filho de mãe quilombola e pai ribeirinho, deu início à sua empreitada no mundo dos chocolates.

Também em território amazônico, os chocolates têm o intuito de resgatar memórias afetivas da infância que tinha com o mel de cacau. 

Desde o início, buscou não apenas trabalhar ao lado das populações tradicionais, mas também valorizar a cultura e as formas de produção de chocolate dos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, caboclos e agricultores familiares da região. 

Com o olhar sempre voltado para a sustentabilidade, a empresa uma atenção especial para as questões climáticas atuais ao compensar as emissões de gases de efeito estufa com a compra de créditos de carbono.

O resultado de todo esse cuidado na produção e distribuição é um sabor único, que traz a inovação como foco para utilizar outros insumos da floresta para os novos lançamentos da marca.

atravessando o Brasil, agora na Mata Atlântica, encontramos o chocolate Dois Riachões, produzido no assentamento de mesmo nome no sul da Bahia. 

Para as famílias agricultoras, a produção de chocolates é um caminho para o aumento da renda, o desenvolvimento de melhores condições de vida, enquanto contribuem para práticas ecológicas, transformando vidas sem prejudicar o meio ambiente. 

Com 406 hectares e 40 famílias residentes, o assentamento é a primeira área da Bahia com Certificação Orgânica Participativa, pela Rede de Agroecologia Povos da Mata. 

a iniciativa também abraça o turismo rural e a culinária agroecológica, permitindo aos visitantes explorar as plantações de cacau, participar de atividades relacionadas à produção de chocolate e imergir na cultura local. uma ótima oportunidade para conhecer em primeira mão os chocolates e o processo de cultivo do cacau com impacto socioambiental positivo de ponta a ponta.

mais ao sul, ainda em território baiano tradição e cuidado se unem para dar vida às amêndoas de cacau fino pelas mãos de agricultores familiares da cooperativa Coopessab, dona da marca Natucoa. 

Sua história começa após a região ser devastada pela vassoura de bruxa, doença que provoca apodrecimento e morte nos cacaueiros, que contaminou plantações na década de 90. 

Neste período de dificuldade, o cooperativismo permitiu que pequenos produtores retomassem as produções e retomassem o desenvolvimento econômico na região. 

com um olhar mais amplo sobre o chocolate, a Natucoa enxerga o chocolate como alimento nutritivo, capaz de estimular a ativação da serotonina e da dopamina, relacionados ao bem-estar e diminuição de ansiedade. a produção busca extrair esses benefícios com uma produção pura, equilibrando o cacau com açúcares.

O cacau, produzido no sistema cabruca, que cresce em meio à mata atlântica nativa, contribui tanto para a geração de renda quanto à proteção do pouco que resta do bioma.

atravessando a fronteira do estado, mas ainda em região com clima e solo parecidos, temos a Cacalmenara, uma fábrica de chocolates no Espírito Santo, nas montanhas capixabas. 

a história da marca começou em 2016, quando o Sr. João Felipe decidiu transformar sua propriedade, produtora de uma monocultura de café, em um sistema agroflorestal com cacaueiros e árvores nativas da Mata Atlântica. 

Com um modelo tree to bar, onde a empresa é responsável desde o cultivo do cacau até a fabricação da barra de chocolate, eles produzem, com um trabalho criterioso, um chocolate 100% natural, sem adição de conservantes ou estabilizantes, fabricados com foco na qualidade e sustentabilidade.

O modelo “tree to bar” cacalmenara é sinônimo de qualidade e sustentabilidade, e uma prova, que é possível unir produção agrícola e reflorestamento.

todo esse esforço foi recentemente reconhecido com a medalha de bronze no Academy of Chocolate 2023, um dos mais respeitados prêmios internacionais do setor, além de já colecionar outras conquistas dentro do país.

por fim, chegando em uma das regiões brasileiras com a maior área média desmatada atualmente: o pantanal. Aqui encontramos a Angí,  chocolates que são produzidos com ingredientes tradicionais do pantanal, como a guavira, uma pequena fruta típica do Mato Grosso do Sul, somados ao cacau característico da Mata Atlântica. 

É uma ótima forma de conhecer os sabores nativos da região sem abrir mão do chocolate que já estamos acostumados.

em sua linha especial, foi lançado ovos de páscoa, todos orgânicos, livres de alergênicos e com frutos nativos, como Laranjinha de Pacu, Castanha de Baru e Cacau e Bocaiúva. as embalagens também são cuidadosamente pensadas, além de cores vibrantes no tecido externo, há preocupação com sua sustentabilidade, sendo internamente embalado com bioplástico biodegradável e compostável.